O Governo lança esta quarta-feira 5 milhões de euros para ajudar os agricultores afetados pelo fogo de Monchique. O presidente da Câmara de Monchique quer que as respostas cheguem depressa.
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O presidente da Câmara Municipal de Monchique, Rui André, pede ao Governo celeridade na aprovação dos apoios aos agricultores afetados pelo incêndio que atingiu a zona, no início deste mês.
Em declarações à TSF, o ministro Capoulas Santos garantiu, no entanto, que "se porventura os prejuízos excederem o montante" disponibilizado, existem "condições para reforçar esta verba".
As candidaturas aos apoios podem ser apresentadas até ao final de setembro, e o Governo assegura que levará apenas cerca de um mês a tomar a decisão relativamente aos apoios concedidos.
Ouvido pela TSF, o autarca de Monchique alerta que "o mais importante é que essas candidaturas sejam analisadas conforme vão chegando e que não se espere pelo final de setembro, para rapidamente poder disponibilizar o dinheiro às pessoas".
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Rui André lembra ainda que as pessoas atingidas são, na sua maioria, "pequenos agricultores, alguns deles com dificuldade no preenchimento deste tipo de documentos", pelo que a Câmara Municipal de Monchique já se disponibilizou para ajudar no envio das candidaturas. O autarca lembra no entanto, a relevância de voltar a abrir o " posto avançado do Ministério da Agricultura - que, há uns anos, encerrou em Monchique", de forma a apoiar técnica e burocraticamente os agricultores.
O presidente da Câmara de Monchique revela ainda apreensão quanto à questão das florestas. "Neste momento, ainda não houve qualquer indicação de um tipo de apoio para os produtores florestais. Vão passar-se alguns meses, as pessoas não vão limpar, e o que vai acontecer é que as árvores vão rebentar e, depois, ficamos com um cenário ainda mais preocupante", afirmou.
A TSF sabe, no entanto, que o Governo pretende lançar até ao final deste mês um outro pacote de apoio aos produtores florestais da região.
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O incêndio que deflagrou em Monchique no dia 3 de agosto fez mais de 40 feridos e atingiu 74 casas. As chamas destruíram perto de 28 mil hectares. O incêndio, que alastrou também aos concelhos de Silves, Portimão e Odemira, só acabaria por ser dominado a 10 de agosto.