Os autarcas de Montalegre e de Idanha-a-Nova não compreendem a decisão do Governo e dizem estar disponíveis para pagar os custos da manutenção das repartições de finanças nos seus municípios.
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No Fórum TSF, Orlando Alves, presidente da câmara de Montalegre, no distrito de Vila Real, sente-se um guardião da soberania do Estado e da integridade do território e é por isso que quer ficar responsável pela repartição de finanças local.
Orlando Alves diz que quem vive no interior do país devia ser recompensado por habitar em zonas pouco povoadas e classifica como insensível a decisão de encerrar mais serviços.
O Governo ainda não revelou a lista das repartições de finanças a fechar até ao final de maio, mas o autarca diz já ter a informação segura de que o serviço de finanças de Montalegre está na lista dos serviços a encerrar.
Orlando Alves desafia mesmo o Governo a passar para a autarquia a responsabilidade e os custos pela manutenção da repartição de finanças.
Também o autarca de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, disse já ter comunicado à tutela a disponibilidade de assumir todos os encargos com a repartição de Finanças, que funciona em instalações arrendadas à autarquia.
«Não vamos fazer nenhuma revolução, mas sim protestar por mais uma vez fecharem serviços em Idanha-a-Nova. A Câmara já se disponibilizou para assumir os encargos com as instalações», disse à agência Lusa Armindo Jacinto.
«O Estado vem contribuir com mais do mesmo para os territórios de baixa densidade, ou seja, fechar serviços, o que faz com que as pessoas abandonem estes territórios», disse.