O plano para a exploração nacional de lítio é apresentado em Bruxelas, esta segunda-feira, pelo secretário de Estado da Energia.
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O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, lamenta a falta de consulta do Governo à autarquia, a propósito de um plano estratégico nacional para a exploração de lítio. O metal é utilizado para fazer baterias usadas em carros elétricos e outros equipamentos eletrónicos e considera-se que poderá ser essencial no futuro da mobilidade no planeta.
O plano para a exploração nacional do lítio é apresentado esta segunda-feira pelo secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, numa reunião em Bruxelas.
Um dos maiores filões, pode estar na região da Beira Alta, e Álvaro Amaro, o autarca da Guarda, afirma ser conhecido o potencial da zona, motivo pelo qual considera que deveria ter sido ouvido pela tutela em relação a esta matéria.
"Hoje o Governo apresenta a estratégia em Bruxelas e era mais adequado que, antes de o fazer, pudesse falar com os responsáveis das zonas que têm um grande potencial na exploração do lítio", disse Álvaro Amaro, em declarações à TSF. "É isso que eu lamento profundamente", afirmou, acrescentando que espera ainda uma discussão do assunto com o secretário de Estado da Energia, "mas não sobre factos consumados".
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O autarca da Guarda sublinha ainda, em relação às intenções do Governo, a necessidade de acautelar "a salvaguarda das populações" e dos "interesses do Estado". Álvaro Amaro lembra também que a prioridade deve passar pela criação de riqueza no interior.
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Mas nem todos os autarcas foram "deixados no escuro" em relação à estratégia para a exploração do lítio.
Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, afirma que tem estado em diálogo com o secretário de Estado Jorge Seguro Sanches sobre o tema, notando que "a especificidade da matéria terá de ser abordada com alguma cautela".
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"Há contrapartidas que irão, posteriormente, ser negociadas" para proteger "os interesses do município e a zona de exploração", defendeu o autarca de Montalegre, que aponta para a criação de "250 postos de trabalho, muitos deles qualificados".
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