Para Manuel Sebastião, só a afetação de algumas variáveis que estão na origem da formação do preços dos combustíveis fará com que haja uma descida na sua cotação.
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O presidente da Autoridade da Concorrência afirmou, esta segunda-feira, que não prevê uma baixa no preço dos combustíveis para breve, uma vez que estes não descem nos mercados internacionais.
No Fórum TSF, Manuel Sebastião defendeu que só afetando as variáveis que condicionam o preço dos combustíveis como a da logística, «que tem sido muito reduzida, na ordem dos dois cêntimos por litro» se poderá conseguir essa baixa.
De acordo com o presidente da AdC, é ainda possível afetar a variável do retalho, que é da ordem dos 10 a 20 cêntimos por litro, ou então a «componente mais importante do preço», os «dois impostos que incidem sobre o preço», o ISP e o IVA.
Segundo Manuel Sebastião, o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) tem uma incidência sobre a gasolina de 58,3 cêntimos por litro na gasolina, ao passo que no gasóleo é de 36,4 cêntimos por litro.
O presidente da Autoridade da Concorrência, que defende que não é viável que seja o Governo a fixar o preço dos combustíveis, adiantou ainda que 60 por cento do preço da gasolina é impostos, ao passo que no gasóleo o valor dos impostos é de 50 por cento.