
Mick Tsikas/ Reuters
O Sindicato dos Trabalhadores dos Seguros diz que se trata de um «processo brusco e sem sentido». A AXA Portugal vai avançar para um despedimento coletivo. A seguradora justifica a decisão com o «contexto económico difícil em Portugal nos últimos anos.»
O encerramento de pontos de venda da seguradora e problemas na avaliação de desempenho de alguns funcionários são os argumentos que estão a ser apresentados.
A notícia foi avançada pela edição online do Jornal de Negócios.
Em declarações à TSF, Carlos Marques, do Sindicato dos trabalhadores da atividade seguradora, citado destaca que esta é a primeira vez que o setor se depara com uma situação como esta, considerando que este é um processo completamente inopinado.
«É a primeira vez que o setor se depara com uma situação destas», lamenta Carlos Marques, adiantando que o STAS vai «colocar à disposição dos trabalhadores da Axa os seus serviços jurídicos». O presidente do sindicato critica o facto de a AXA não ter informado o STAS desta iniciativa, de que teve conhecimento esta manhã através dos seus representantes sindicais na companhia.
O sindicalista critica a decisão da AXA Portugal por ter avançado para um despedimento coletivo que diz ser grande para a dimensão do setor e que não tem sido o caminho escolhido palas outras seguradoras, que têm optado por reduzir pessoal através de rescisões por mutuo acordo.
Em comunicado a AXA justifica a «restruturação» no número de trabalhadores da empresa com o «contexto económico difícil em Portugal nos últimos anos», que, diz a seguradora, «provocou um claro declínio da rentabilidade do mercado segurador português».
A AXA Portugal diz estar «a tomar um conjunto de medidas de gestão, ao nível da reestruturação da distribuição e da agilização do modelo organizativo e de processos, que afetará cerca de 60 pessoas, equivalente a cerca de 10% do total dos Colaboradores da empresa».
A «difícil decisão» (escreve a AXA em comunicado) foi hoje transmitida diretamente aos colaboradores.