Azeite vai entrar no radar do Ministério da Agricultura

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, revelou à TSF, à saída de uma reunião da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA), que o azeite é uma das fileiras que vai ser estudada pelo Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP).

Além do azeite e da pera, “vão neste momento avançar estudos quer para o leite; quer para, por exemplo, a área dos bovinos. Primeiro temos esses estudos sectoriais e depois a análise dos respetivos reflexos”, adianta José Manuel Fernandes.

Estes estudos têm em vista uma frase chave do ministro: “o produtor não pode ser o perdedor na cadeia de valor”.

José Manuel Fernandes, depois de ter reunido a Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar. A PARCA, que junta associações de agricultores com as empresas de distribuição, ficou a conhecer os planos do Governo para o regadio na estratégia “Água que nos Une”.

O ministro defende que a “água e a existência da água permite sermos mais competitivos, ou seja, produzirmos mais quantidade de alimentos com melhor qualidade, o que representa alimentos a um custo ainda mais baixo. A política agrícola, como tem sido essencial para esse objetivo, que muitas vezes não há perceção que é de disponibilizarmos alimentos em quantidades suficientes com uma grande qualidade e produzidos no respeito daquilo que são normas ambientais”.

Para o ministro da Agricultura, importa também reduzir o déficit agroalimentar que se situa nos 5,5 mil milhões de euros por ano.

“Segurança alimentar, é desde logo comida no prato e hoje, face aos conflitos geopolíticos, é também defesa. Agricultura é também economia, é competitividade, é coesão territorial, é a indústria de transformação, a investigação e inovação, é cultura, é património, e é turismo”, concluiu José Manuel Fernandes.

A PARCA vai voltar a reunir no primeiro trimestre do próximo ano e na mesa de discussão vai estar a diretiva europeia das práticas desleais.