
Bagão Félix, durante a sua audição na Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da CGD e à Gestão do Banco
© Manuel de Almeida/Lusa
Ouvido no Parlamento, o antigo ministro das Finanças defendeu ainda que hoje, mais do que nunca, Portugal tem motivos para manter a Caixa Geral de Depósitos nas mãos do Estado.
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O antigo ministro das Finanças António Bagão Félix descartou hoje qualquer tipo de ligação a operações de concessão de crédito da Caixa Geral de Depósitos (CGD) enquanto foi membro do governo de Portugal.
"Nunca tive qualquer relação com a administração da CGD ou o seu presidente que dissesse respeito a uma operação de crédito", vincou Bagão Félix.
O responsável, que foi ministro das Finanças de um governo PSD/CDS-PP entre 2004 e 2005, está a ser ouvido esta terça-feira na comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa, trabalhos que têm traçado uma análise do banco desde o ano 2000 até ao presente.
Bagão sustenta que a CGD é uma instituição bancária "num regime aberto de concorrência", o que significa que, para além do acionista Estado, há entidades permanentemente "atentas" ao banco, casos das "autoridades de concorrência, supervisão e regulação", não só em Portugal mas também no seio europeu.
O antigo governante declarou ainda ser favorável a que o banco público tenha um modelo de governação "não dualista", isto é, que seja um só elemento a assegurar em simultâneo a presidência da administração e da comissão executiva.