Baixa da TSU não põe em causa sustentabilidade de Segurança Social

O ministro da Solidariedade garantiu, esta quarta-feira, que a baixa da TSU não põe em causa a sustentabilidade da Segurança Social e que haverá dinheiro para as reformas e subsídios.

Questionado no Parlamento, Pedro Mota Soares recordou que quer o anterior Governo quer o actual acordaram com a troika que as alterações à TSU «têm uma neutralidade do ponto de vista fiscal».

«Sabemos que no bolo total da receita e da despesa há uma neutralidade que serve para assegurar as verbas para a Segurança Social. O Governo foi completamente transparente neste processo», sublinhou.

Por seu lado, a oposição considerou que a questão da baixa da TSU tem provocado confusão no Executivo, uma vez que ainda não houve decisões nesta questão.

«O Ministério das Finanças avançou com um estudo que não decide, o ministro das Finanças não decide e o ministro da Economia anda desaparecido como todos já reparamos», afirmou o deputado socialista Miguel Laranjeiro.

Este parlamentar do PS estranhou ainda o silêncio do ministro Pedro Mota Soares a este respeito, pois a «diminuição da TSU não tem só implicações a nível da competitividade das empresas, mas também ao nível da sustentabilidade da Segurança Social».

Mota Soares garantiu ainda que cinco mil casais desempregados com filhos menores a cargo estão a receber ajuda, uma opção que não agradou ao PS, que a lógica do Ministério de Mota Soares assenta na caridade.

«Para descontos do gás e da electricidade há um cartão do pobre, para medicamentos para idosos há também uma vinheta para o pobre, para a habitação um cartão para o pobre», explicou Miguel Laranjeiro.

Este deputado do PS assinalou ainda que «para os transportes não há apenas um cartão para o pobre, como até uma fila única para os pobres terem direito aos descontos». «E já faltou mais para este Governo apresentar o cartão único do pobre», concluiu.