Em comunicado, o governador do Banco de Portugal considera que a "solução de recurso" encontrada permitiu proteger a estabilidade financeira e as poupanças dos clientes do Banif.
Corpo do artigo
Na nota, Carlos Costa escreve que "face às circunstâncias e restrições existentes, a venda da atividade do Banif num quadro de resolução foi a solução de último recurso que permitiu salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro nacional e proteger as poupanças das famílias e das empresas, bem como o financiamento à economia".
O texto, divulgado quando ainda decorria a audição no parlamento do ministro das Finanças, Mário Centeno, o responsável pelo supervisor e regulador bancário afirmou que, neste processo, "o Banco de Portugal atuou no quadro do seu mandato e das suas competências" e diz que está "totalmente disponível para colaborar com a Comissão Parlamentar de Inquérito no apuramento de todos os factos".
O Banco de Portugal faz um breve relato da 'história' do Banif com as autoridades europeias desde que recebeu a injeção de 1.100 milhões de euros de dinheiro estatal no fim de 2012 para dizer que, em contrapartida e tal como os outros bancos recapitalizados com dinheiro público, este teve de elaborar um plano de reestruturação da "responsabilidade do Conselho de Administração e dos acionistas".