
Banco de Portugal
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Numa carta enviada por e-mail aos funcionários do Banco de Portugal, Carlos Costa explica que o banco central não pode ficar à margem da austeridade aplicada aos portugueses.
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Os trabalhadores do Banco de Portugal não vão receber o subsídio de férias em 2013, uma decisão comunicada através de e-mail pela instituição dirigida por Carlos Costa.
Nessa carta, o governador do Banco de Portugal, que mantém o corte de subsídios de férias e salários para o Conselho de Administração, explica que o banco central português não pode ficar à margem da austeridade aplicada aos portugueses.
Carlos Costa acrescentou que não esquece a reação de alguns ao cortar algumas regalias para trabalhadores do Banco de Portugal para não ter de cortar o subsídio de férias.
«As medidas de contenção, já em vigor, não foram devidamente entendidas pela opinião pública, com manifesto prejuízo da imagem do Banco de Portugal e dos colaboradores», lembrou.
O governador, que também não vai pagar parte do subsídio de férias a pensionistas e reformados, assegurou ainda que haverá «medidas extraordinárias» para pensionistas e reformados em situações de vulnerabilidade financeira.
Contactada pela TSF, a Comissão de Trabalhadores do Banco de Portugal não quis falar sobre esta questão, tendo apenas adiantado que há uma reunião marcada para a próxima sexta-feira com a administração do banco para análise das consequências deste corte no subsídio de férias.
A Comissão de Trabalhadores confessou ainda ter uma réstia de esperança em relação a uma correção desta decisão, já que o Orçamento de Estado foi enviado para o Tribunal Constitucional.