O Banco de Portugal releva um novo mínimo no financiamento das famílias. Em Janeiro, os novos empréstimos não chegaram aos 600 milhões de euros.
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Há mais de um ano em queda, os bancos, com dificuldades de acesso ao crédito, estão a emprestar cada vez menos às famílias. Há 13 meses consecutivos que esta é a realidade.
Os novos empréstimos confirmam a tendência de que há menos pessoas a pedir dinheiro para a habitação.
Num passado recente, o crédito à habitação era o que mais dinheiro movimentava, mas de há alguns meses para cá o crédito ao consumo e para outros fins ultrapassou o crédito para a compra de casa.
Em Janeiro, o total dos novos empréstimos às famílias não foram além dos 588 milhões de euros. O valor mais baixo dos últimos nove anos, sendo que a maior fatia, 270 milhões destinou-se ao que o Banco de Portugal chama de financiamento para outros fins, onde se inclui o crédito para despesas com educação ou saúde por exemplo.
A segunda fatia foi para o crédito ao consumo 168 milhões de euros. Dos novos empréstimos concedidos em Janeiro apenas 150 milhões de euros destinaram-se à compra de casa.
De todos estes créditos, o único que aumentou em relação a igual período do ano passado foi o crédito para outros fins, cresceu mais de 7,5 por cento.
O crédito ao consumo caiu 38 por cento e o crédito à habitação recuou uns expressivos 74,45 por cento em relação a Janeiro de 2012.