Os bancos estão a financiar o arrendamento de casas oferecendo produtos a juros que ultrapassam os 14 por cento. A DECO alerta para o incentivo ao endividamento.
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A primeira oferta surgiu há cinco meses pelo Active Bank.
O Jornal de Negócios escreve que o crédito pode ser contratado para mudar de casa e comprar móveis ou eletrodomésticos, com verbas entre os mil e 10 mil euros.
O prazo para pagar varia entre os 6 meses e 7 anos, mas a TAEG, a Taxa anual efetiva, chega aos 14,2 por cento.
Outra oferta é a do Banco Popular, lançada no mês passado, com uma taxa de juro mais baixa e com prazos entre 1 e 2 anos, para um crédito até aos 5 mil euros.
A banca tenta assim, virar-se para o mercado do arrendamento, já que a compra de casa continua em queda.
A DECO avisa que estes produtos são um incentivo ao endividamento, lembrando que se as pessoas não têm dinheiro para pagar a renda, dificilmente vão conseguir pagar a renda e o empréstimo.
Natália Nunes, ouvida pela TSF, apela a uma decisão consciente e responsável das famílias na hora de pedir empréstimos à banca.
A DECO aconselha ainda outras alternativas, como o subsídio recentemente aprovado pela Assembleia Municipal de Lisboa.
Em declarações à TSF, o presidente da Associação Lisbonense de Inquilinos diz que se trata de mais uma forma de espoliar as famílias. Romão Lavadinho critica o que diz ser um apoio ao consumo.