Depois de Draghi ter assegurado que o regulador europeu não responde aos parlamentos nacionais, Constâncio diz que período abrangido pela comissão reforça a decisão de não prestar depoimentos.
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Vítor Constâncio escreveu mais uma vez à Comissão Parlamentar de Inquérito à resolução do Banif, garantindo, numa carta à qual a TSF teve acesso, que o facto de ter respondido na comissão sobre o BES não contradiz a posição agora tomada.
A Comissão do Banif, escreve Constâncio, tem a missão de investigar o que aconteceu no banco a partir de 2013, momento da injeção de capital público; nessa altura, sublinha no documento, já o antigo governador do Banco de Portugal tinha assumido funções em Frankfurt, no Banco Central Europeu (BCE).
É uma situação muito diferente, argumenta Vítor Constâncio, daquela que aconteceu na comissão do BES, que se debruçou sobre um período que começou em 2008, altura em que liderava o supervisor nacional, motivo pelo qual respondeu ao parlamento por escrito.
Constâncio sublinha que a resposta que deu à comissão não constitui uma recusa, mas antes a constatação de uma impossibilidade institucional, insistindo que não existe qualquer vontade pessoal de não colaborar com a Assembleia da República.