Sem se referir concretamente a Portugal, Durão Barroso lamentou que as empresas que estão alojadas em países com problemas específicos estejam limitadas no acesso ao crédito e não contribuam para a diminuição do desemprego.
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O presidente da Comissão Europeia disse estar desapontado com a inação dos governantes face a este problema.
«Estou desapontado porque penso que precisamos de mais ambição dos Chefes de Estado ou de governo para fazer a diferença real para as nossas PME's. Até agora, ainda não vimos o esforço suficiente para mobilizar os fundos estruturais com o Banco Europeu de Investimento para termos dinheiro nos fluxos de créditos para a economia real», afirmou.
Barroso lamentou que as PME's alojadas em economias em dificuldades tenham problemas de acesso ao crédito.
«É simplesmente inaceitável. Porque nós temos boas empresas que não tem crédito suficiente porque estão alojadas em países que enfrentam problemas específicos», disse.
Já o presidente do Conselho Europeu fez uma chamada de atenção aos líderes europeus para dizer que a crise ainda não acabou.
No entanto, Herman Van Rompuy lançou os tópicos para o debate desta cimeira dizendo que a Europa dá agora sinais mais positivos.
«A confiança dos consumidores e dos investidores está a crescer e há sinais credíveis que, no próximo ano, o crescimento estará de volta em quase todos os nossos Estados-membros. Não me interpretem mal: a crise ainda não ficou para trás. Mas a ameaça existencial na zona euro, essa sim», sublinhou.
Rompuy e Barroso entendem que agora é preciso restaurar o emprego na União Europeia.
Ambos acreditam que as pequenas e médias empresas têm um papel a desempenhar no combate ao desemprego, mas, sufocadas pela falta de financiamento, requerem ações concretas dos governantes para que haja liquidez na economia.