Caso se confirmem as previsões dos analistas, a taxa de juro atingirá o valor mais baixo desde que foi criado o euro. O BCE deverá também apresentar o plano de compra de dívida soberana.
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A reunião de hoje do conselho do Banco Central Europeu (BCE) vai dominar as atenções dos mercados, que aguardam uma eventual decisão sobre medidas para enfrentar a crise da dívida, assim como uma descida das taxas de juro.
O presidente do BCE, Mário Draghi, já disse que fará o que for preciso para garantir a sobrevivência da moeda única e hoje, segundo várias agências internacionais, deverá apresentar algumas medidas do seu plano.
O programa de compra de dívida soberana, disseram ontem à Bloomberg fontes do BCE, será ilimitado, isto é poderá investir o que entender que é necessário na dívida de um país em dificuldades. O prazo dos títulos será de três anos.
Com esta operação o que se pretende é que países mais pressionados, como a Itália e a Espanha, consigam financiar-se a juros mais baixos e que Portugal e a Irlanda possam regressar mais cedo aos mercados.
Para serem ajudados, os países em causa terão que cumprir várias exigências e terão de fazer o que for preciso para alcançarem o equilibro orçamental.
Em caso de incumprimento, e segundo o plano de Mário Draghi, o BCE colocará no mercado os títulos de dívida soberana entretanto adquiridos. Uma medida que terá como efeito imediato uma subida das taxas de juro.