O Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de juro de referência em 1,25 por cento, numa altura em que se adensam as preocupações face às divergências com Berlim devido à crise da dívida grega.
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O BCE aumentou em Abril a principal taxa de referência da zona euro em 25 pontos base, ao fim de 23 meses no mínimo histórico de um por cento, pelo que se esperava que as taxas se mantivessem inalteradas.
No entanto, os analistas antecipam uma subida de 25 pontos base já em Julho, passando assim para 1,50 por cento.
As taxas de juro e a inflação não são o único tema em destaque na reunião de hoje do Conselho de Governadores do BCE, que tem de responder às exigências do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.
Schäuble reclama o reescalonamento da dívida grega detida pelos investidores privados, no âmbito de um novo plano de resgate da Grécia que está a ser negociado.
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, discorda desta solução por temer que seja interpretada pelos mercados como um incumprimento de Atenas ('default') e que o pânico contagie outros países em dificuldades como Portugal e a Irlanda.