O Banco Comercial Português (BCP) encerrou o exercício de 2014 com um prejuízo consolidado de 217,9 milhões de euros, traduzindo uma melhoria face aos resultados negativos de 740,5 milhões registados em 2013.
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O Millennium BCP, que apresenta hoje os resultados em Lisboa, fechou o exercício passado com uma evolução positiva do resultado operacional, que mais que duplicou, «refletindo o contributo da margem financeira», que aumentou 31,6%, ou seja, 272 milhões de euros, e uma redução dos custos operacionais em 11,2%.
O produto bancário aumentou 29,6%, de 1.769 milhões de euros para 2.292 milhões de euros. O crédito a clientes subiu ligeiramente de 64,3 mil milhões de euros em 2013, para 64,7 mil milhões de euros no último exercício. O ativo total caiu, passando de 82 mil milhões de euros em 2013 para 76,3 mil milhões de euros em 2014.
O rácio 'tier 1' (medida usada pelas autoridades para avaliar o capital mais puro dos bancos) atingiu os 12%, situando-se acima dos 13,8% que apresentava em dezembro de 2013, de acordo com o critério 'phased-in' (com a implementação em curso das novas regras) e de 8,9% em base 'fully implemented' (já com as novas regras totalmente implementadas).
O BCP encerrou 79 sucursais para um total de 695 balcões e baixou o número de colaboradores em 816 funcionários para 7.768 trabalhadores durante o ano passado. O objetivo traçado no plano estratégico do BCP para o final de 2017, ao nível do quadro de pessoal, é atingir os 7.500 trabalhadores.
Já a meta relativa ao número de agências no mercado português, definida com as autoridades nacionais e com a Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia, no âmbito do apoio estatal de que beneficiou o banco, fixada nos 700 balcões, já foi ultrapassada com uma antecipação de três anos.