Despromoção no principal índice global, pessimismo do Goldman Sachs e possível corrida ao Novo Banco levam BCP a cair 11% em bolsa. Ações valem menos de 3 cêntimos.
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Foi um dia para esquecer do BCP no PSI-20. O banco liderado por Nuno Amado viu os títulos desvalorizarem 10,78%, terminando a sessão a valer 2,7 cêntimos.
A queda acontece no dia em que o Jornal de Negócios noticiou o potencial interesse do Millennium numa corrida ao Novo Banco, mas esse não é o único dado que explica o tombo.
Na opinião de João Lampreia, responsável pelo research (departamento de análise) do BIG, a notícia tem impacto porque "com o BCP a valer 1,6 mil milhões de capitalização bolsista e com as projeções de venda do Novo Banco a apontarem para 2 mil milhões de euros, seria sempre necessário um aumento de capital".
O responsável sublinha ainda o "estudo do Goldman Sachs que identificou o BCP como um dos bancos mais vulneráveis a um reforço de capital", e ainda "a efetivação da saída do BCP do MSCI Global Caps [principal índice global], passando a integrar o MSCI Small Caps, havendo uma menor liquidez associada ao título por via deste downgrade".