
Millennium BCP
dr
Conhecido o recurso à linha de resgate que o BCP terá que devolver até 2017, o valor das ações do maior banco privado têm caído durante a semana na bolsa portuguesa, atingindo valores mínimos recorde. Mas hoje o BCP anunciou que não vai precisar de cinco anos para reembolsar o Estado.
Corpo do artigo
Para já é apenas um manifesto de intenções por parte do diretor financeiro do banco.
Em entrevista à Reuters, Miguel Bragança diz que o maior banco privado português em ativos quer antecipar em três anos o reembolso ao Estado de parte significativa dos três mil milhões de euros provenientes da linha de resgate, para reforçar o capital do Millenium BCP.
Ou seja, antecipar para 2014 boa parte da amortização que na totalidade pode ser feita até 2017.
Mas estes responsável do banco explica que esta necessidade de capital se deve em parte a fatores não recorrentes e parcialmente temporários, pelo que conclui que será a capacidade de gerar resultados, durante o prazo de cinco anos, que vai permitir o pagamento cumprindo claramente os rácios prudenciais.
Miguel Bragança aponta como fatores ou eventos não recorrentes o chamado "tampão da autoridade bancária europeia" de mil e 600 milhões de euros os impactos associados ao programa de inspeções especiais e a transferência do fundo de pensões, totalizando cerca de 900 milhões de euros.
Já sobre facto do plano de recapitalização do BCP, anunciado no inicio da semana, ter encetado um movimento de queda dos títulos na ordem dos 30 por cento, levando a cotação a ummínimo histórico, Miguel Bragança diz que a evolução da atual cotação está em linha com os ajustes técnicos associados a operações de aumento de capital.