Os cortes vão ser aplicados a remunerações superiores a mil euros. Segundo a instituição, o ajuste salarial cessa no ano imediatamente a seguir ao pagamento do investimento público.
Corpo do artigo
O BCP e os sindicatos chegaram hoje a acordo para um corte temporário dos salários a rendimentos mensais ilíquidos superiores a mil euros.
O ajuste salarial vai ser aplicado de forma progressiva, por escalões remuneratórios que variam entre os 3 e 11 por cento, aplicados a partir de salários com rendimentos mensais ilíquidos de mil euros.
Ouvido pela TSF, Mário Mourão da federação de sindicatos do setor bancário, explicou que o ajustamento salarial é temporário e que, a partir de 2017, o banco vai devolver aos funcionários os valores até então retidos.
Para minorar os impactos da medida foi ainda acordado, segundo a informação divulgada pelo BCP, que, durante o período de vigência do acordo, os colaboradores poderão solicitar a carência de capital dos seus empréstimos junto do banco, assim como optar pelo prolongamento do prazo de amortização até aos 75 anos.
Segundo o BCP, a implementação dos cortes salariais deverá ocorrer «no decurso do primeiro semestre de 2014» por estar dependente da alteração das convenções coletivas e da aprovação de uma portaria de extensão, que permita a aplicação universal deste acordo dentro dum prazo «adequado» ao cumprimento dos compromissos assumidos com Bruxelas.
O acordo alcançado com as federações sindicais (FEBASE e FSIB) faz parte de um plano para redução de custos com pessoal, a par de outras medidas de ajustamento do quadro de pessoal, nomeadamente através de reformas antecipadas, rescisões por mútuo acordo e um programa de saídas por adesão voluntária.
O acordo agora alcançado tem ainda de ser validado pelos trabalhadores.