O Banco de Portugal (BdP) recebeu mais de 7400 reclamações contra instituições bancárias nos primeiros seis meses do ano e abriu 16 processos de contra-ordenação.
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Os dados constam da síntese intercalar das actividades de supervisão comportamental divulgada esta segunda-feira.
Entre Janeiro e Junho deste ano, o Banco de Portugal (BdP) recebeu ao todo 7420 queixas contra instituições bancárias, uma média superior a mil e duzentas queixas por mês.
Ainda assim, trata-se de um valor menos negativo em termos homólogos, já que as reclamações diminuíram cerca de três por cento.
Na síntese intercalar das actividades de supervisão comportamental, o BdP revela que foram analisadas 2677 campanhas publicitárias de 57 bancos. Depois da intervenção do banco de Portugal, 92 foram alteradas e duas foram suspensas.
Em causa estão situações em que as informações necessárias para avaliar as características dos produtos estavam dissimuladas, ou eram mesmo omitidas.
Quanto à análise de preçários, a instituição realizou mais 1200 acções de inspecção a 136 instituições bancárias. A autoridade exigiu a correcção de 360 preçários.
Igualmente atento aos depósitos, o banco central chumbou todos os 19 prospectos relativos a depósitos indexados e duais que lhe foram enviados. Os bancos responsáveis por esses prospectos foram obrigados a alterá-los para corrigir, clarificar ou completar informação.
A instituição instaurou, ainda, 16 processos de contra-ordenação, 12 dos quais relativos ao incumprimento de preceitos que regem a actividade das instituições de crédito, três processos por violação dos deveres de prestação de informação ao BdP e um por inexistência de Livro de Reclamações.