O líder parlamentar do BE comparou hoje os resultados da execução orçamental ao preço de um «submarino, que voou dos bolsos dos portugueses», no primeiro semestre.
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«Quando o Governo tem más escolhas, essas más escolhas têm resultado nas contas públicas e aqui vemos, em meio ano, há um submarino que voou dos bolsos dos portugueses», afirmou Pedro Filipe Soares, no Parlamento.
O défice das administrações públicas atingiu os 4.192 milhões de euros em junho deste ano, mais 149 milhões do que no mesmo semestre de 2013, segundo informações oficiais hoje divulgadas pelo Ministério das Finanças.
«Ouvimos, de forma abusiva, a maioria a atirar as culpas para o Tribunal Constitucional (TC) pela fragilidade das contas públicas, nos primeiros seis meses, e que essa fragilidade se deveria à decisão (do TC de chumbar várias normas governamentais) e ao pagamento de salários e de subsídios. É um abuso», acusou.
O Estado arrecadou no primeiro semestre do ano mais de 17 mil milhões de euros líquidos em receita fiscal, o que representa um aumento de cerca de 711 milhões face ao montante amealhado em igual período de 2013.
«O desconto que o Governo fez com a baixa do IRC para os grandes grupos económicos deu um valor de quase 180 milhões de euros de perda fiscal para o Estado. O pagamento adicional de juros da dívida pública foi de mais de 400 milhões de euros. Só nestas duas medidas temos um valor superior a um submarino que, em meio ano, saiu do bolso de todos nós», reforçou o parlamentar bloquista.