Casas, terrenos e carros. Novo sistema promete mais rapidez no pagamento de dívidas através da venda de bens penhorados. Há casos que demoram anos nos tribunais.
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A Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução espera arrancar a 20 de maio com os primeiros leilões eletrónicos de bens penhorados pelos tribunais.
Atualmente estes leilões são lentos, podem demorar anos, atrasando o pagamento por via judicial de milhares de dividas pendentes.
A gestão destes novos leilões está a cargo da Ordem, numa tarefa atribuída pelo Ministério da Justiça.
O bastonário, José Carlos Resende, explica à TSF que a ideia é acelerar os leilões que hoje eram feitos por carta fechada e com a presença obrigatória de juízes que com frequência não tinham tempo para o fazerem.
Por falta de divulgação, estes bens têm sido vendidos a preços baixos, que segundo José Carlos Resende rondavam um quarto ou um quinto do valor de mercado.
A maioria das penhoras afetam imóveis, casas, mas também há casos de terrenos ou carros.
Os primeiros leiloes eletrónicos vão começar no Lisboa e em Porto e só depois estender-se a outras zonas do país.
A Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução espera fazer 20 a 30 leilões eletrónicos por dia nos primeiros tempos do novo sistema, mas dentro de meio ano espera chegar aos 50 leilões diários.