A banca comercial foi ao mercado buscar mais de 3 mil milhões de euros para se financiar com a protecção do Estado. Depois da CGD, também o BES realizou empréstimos obrigacionistas.
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O BES fez uma emissão de dívida garantida pelo Estado no valor de 1,25 mil milhões de euros, com maturidade a três anos e um 'spread' equivalente à Euribor a três meses acrescida de 4,95 por cento.
«O Banco Espírito Santo [BES] realizou hoje uma emissão de dívida sénior garantida pelo Estado Português no montante de 1,25 mil milhões de euros. Esta emissão, com maturidade a três anos (...). Esta emissão pagará um cupão trimestral equivalente à Euribor a 3 meses acrescida de 495 pontos base», lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pelo banco.
Na segunda-feira, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou que emitiu títulos de dívida no valor de 1,8 mil milhões de euros com a garantia do Estado, também com maturidade a três anos e, tal como o BES, esta é uma emissão indexada à taxa Euribor a três meses e com um 'spread' de 4,95 por cento.
Outros bancos - BCP, BPI e Totta - anunciaram que vão recorrer ao aval do Estado para continuarem a obter financiamento do Banco Central Europeu, na sequência do corte do rating em quatro níveis pela agência de notação Moody's.
As garantias do Estado à emissão de dívida da banca são de 35 mil milhões de euros no âmbito do programa de estabilização da economia portuguesa negociado com entre a troika e o anterior Governo.