"Boa medida, mas continua a ser pouco." Complemento Solidário para os Idosos vai aumentar 40 euros no próximo ano
Em declarações à TSF, Maria do Rosário Gama, presidente da Associação de Pensionistas e Reformados, defende uma maior divulgação do apoio
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O Complemento Solidário para os Idosos vai aumentar 40 euros no próximo ano, adianta, esta terça-feira, o Jornal de Notícias (JN). O valor consta da proposta do Orçamento do Estado, que o Governo entrega esta sexta-feira, no Parlamento.
O primeiro-ministro já tinha anunciado uma subida do Complemento Solidário para Idosos, mas sem revelar o valor. Nesta altura, o valor máximo deste apoio é de 630,67 euros.
Pelas contas da Segurança Social, mais de 230 mil idosos recebem o complemento solidário. O JN acrescenta que o aumento deste apoio e a atualização das pensões vão representar mais 700 milhões de euros no Orçamento. No total, as duas prestações podem custar ao Estado, mais de 25 mil milhões de euros.
Em declarações à TSF, Maria do Rosário Gama, presidente da Associação de Pensionistas e Reformados, fala "numa boa medida, que equivale a 670 euros por mês".
"Claro que continua a ser pouco e há muitas pessoas que têm pensões baixas e não têm acesso ainda ao Complemento Solidário para Idosos, mas é uma boa medida. Além do complemento, há também a possibilidade do acesso gratuito aos medicamentos sujeitos a receita médica e isso alivia bastante as pessoas", explica à TSF Maria do Rosário Gama, defendendo uma maior divulgação do apoio.
A presidente da APRE lembra que existem 1,4 milhões de idosos com pensões baixas, enquanto apenas 230 mil beneficiam do apoio. Maria do Rosário Gama acredita que muitos pensionistas não conhecem este apoio.
"O universo de pessoas com pensões baixas é um universo muitíssimo maior. As juntas de freguesia tinham um papel importante, deveriam fazer um levantamento da população mais velha para verem as condições em que vivem. Seria importante que toda a gente estivesse avisada que poderia pedir o Complementário Solidário, porque não acredito que haja 1,4 milhões de pessoas com pensões tão baixas e que tenham bens que as impeça de pedir o Complementário Solidário", acrescenta.