A Bolsa chinesa fechou hoje a perder 8,48%, numa "queda a pique" associada aos "magros indicadores económicos" divulgados nos últimos dias, disse a agência noticiosa oficial Xinhua.
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O Índice Composite de Xangai fechou nos 3.725 pontos, muito abaixo dos 4.070 alcançados na sessão anterior, e na bolsa de Shenzhen, de menor dimensão, as ações baixaram 7,4%.
Na sexta-feira passada, a bolsa chinesa tinha voltado a cair, interrompendo uma semana inteira em terreno positivo, mas a queda foi de apenas de 1,29%.
O Gabinete Nacional de Estatísticas da China anunciou hoje que, em junho, os lucros das grandes empresas industriais do país diminuíram 0,3% em relação a igual período de 2014.
Um outro importante indicador divulgado hoje revela que a atividade industrial apurada este mês é a mais baixa desde abril do ano passado, ampliando os receios que o abrandamento da segunda economia mundial, a seguir aos Estados Unidos, seja maior do que se esperava.
Em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 7,4%, o valor mais baixo dos últimos vinte e quatro anos, e no primeiro semestre de 2015 o crescimento abrandou para 7%.
Ao longo de um ano, até meados de junho passado, as ações transacionadas na bolsa chinesa valorizavam-se mais de 150%, mas a seguir, em apenas três semanas, caíram cerca de 30%, numa desvalorização estimada em mais de três biliões de dólares que alarmou os mercados internacionais.
Nas duas últimas semanas, após intervenção do Governo, a bolsa regressou ao terreno positivo, recuperando um terço das perdas.
Hoje, na última hora antes do fecho da sessão, as ações de cerca de 1.800 empresas caíram 10%, o máximo permitido pelos reguladores, na "maior queda registada num único dia no espaço de cerca de oito anos", noticiou a Televisão Central da China (CCTV).