O PSI20 desceu, esta segunda-feira, 4,19 por cento para os 5.795,05 pontos, em mínimos de Setembro de 2009 e a liderar as quedas entre as principais praças europeias.
Corpo do artigo
Todos os 20 títulos que compõem o principal índice da bolsa portuguesa fecharam em queda, tendo dois registado perdas superiores a sete por cento (BES e Altri), dois superiores a seis por cento (Sonae e Mota-Engil) e três superiores a cinco por cento (Brisa, Zon e Jerónimo Martins).
A liderar as quedas esteve o BES, cujos títulos cederam 7,73 por cento para 1,90 euros.
Entre as restantes cotadas do sector financeiro, o dia também foi de perdas: o BCP e o BPI caíram ambos 3,85 por cento para 0,20 euros e 0,68 euros, respectivamente, e o Banif cedeu 2,91 por cento para 0,40 euros.
Na energia, a EDP caiu 4,60 por cento para 2,18 euros, a Galp cedeu 2,88 por cento para 13,33 euros, a REN deslizou 1,35 por cento para 2,05 euros e a EDP Renováveis perdeu 0,44 por cento para 4,10 euros.
O peso pesado PT caiu 3,18 por cento para 5,53 euros. No restante sector, a Zon deslizou 5,17 por cento para 2,49 euros e a Sonaecom cedeu 2,52 por cento para 1,20 euros.
Na Europa, o dia foi de perdas: Paris cedeu 4,03 por cento, Madrid perdeu 3,41 por cento, Frankfurt caiu 2,27 por cento e Londres recuou 1,63 por cento.
A penalizar os mercados voltaram a estar os receios sobre a situação económica grega, no dia em que foi antecipado que a Alemanha terá decidido "deixar cair" a Grécia.
Também esta segunda-feira, o vice-ministro das Finanças da Grécia, Filippos Sachinidis, afirmou que a Grécia só consegue assegurar os seus compromissos financeiros até outubro.
Esta será mais uma semana decisiva para a Grécia, que enfrenta a desconfiança dos credores internacionais relativamente à redução da despesa pública e à tomada de decisões para controlar o défice das contas públicas.
Na quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reúne-se para debater a transferência de mais oito mil milhões e, no dia seguinte, a reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro promete girar essencialmente à volta da possibilidade cada vez mais real da Grécia entrar em incumprimento e poder sair da zona euro.