A Wall Street encerrou em queda, penalizada pelo regresso dos temores sobre a economia mundial, pelos indicadores económicos norte-americanos e pelo impacto da crise de dívida no sector financeiro europeu.
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O índice industrial Dow Jones desvalorizou 3,68 por cento (419,63 pontos) para os 10.990,58 pontos e o tecnológico Nasdaq 5,22 por cento (131,05 pontos) para os 2.380,43 pontos. O alargado Standard & Poor's 500 recuou 4,46 por cento (53,24 pontos) para os 1.140,65 pontos, noticiou a agência francesa AFP.
O mercado instalou-se hoje em terreno negativo logo desde a abertura, seguindo as praças europeias, um reflexo que preocupa Wall Street.
De acordo com um artigo do Wall Street Journal, a Reserva Federal norte-americana está preocupada com a capacidade de as filiais de bancos europeus nos Estados Unidos manterem um nível adequado de liquidez, caso as casas-mãe sejam obrigadas a repatriar drasticamente os capitais.
Por outro lado, os investidores receberam muito mal as revisões em baixa dos números do crescimento mundial do banco Morgan Stanley, que aponta para um crescimento de 3,9 por cento em 2011 (contra os 4,2 por cento anteriormente estimados) e de 3,8 por cento em 2012 (e não de 4,5 por cento).
As perspectivas de crescimento do banco são particularmente pessimistas para a zona euro, estimando-se um crescimento de 0,5 por cento (e não 1,2) para este ano e de 1,7 por cento (e não 2) no próximo ano.
Também a publicação de indicadores económicos decepcionantes nos Estados Unidos penalizou Wall Street. Os investidores ficaram particularmente alarmados com o índice da Reserva Federal sobre a actividade industrial na região de Filadélfia que contraiu 30,7 por cento, em Agosto.