A bolsa de Lisboa seguia, esta segunda-feira às 10:00, a cair 2,65 por cento, em linha com os mercados europeus, com praticamente todos os pesos pesados a negociar em terreno negativo. Uma das bolsas que mais perde é a de Espanha, a descer 4,35 por cento, assim como Milão 3,36 por cento.
Corpo do artigo
Lisboa acompanhava a tendência das bolsas de referência europeias, que estão hoje em baixa, com a possibilidade da Grécia sair do euro novamente em cima da mesa e o país de novo no centro das atenções dos investidores.
O semanário Der Spiegel noticiou no domingo hoje que o Fundo Monetário Internacional (FMI) tenciona cessar as ajudas financeiras à Grécia, o que poderá lançar este país da zona euro na falência já em setembro.
A intenção do FMI de não libertar mais dinheiro para o programa de ajustamento financeiro negociado com Atenas já foi comunicada à União Europeia, garantiu a revista alemã, citando fontes diplomáticas em Bruxelas.
Atualmente, a chamada 'troika' do Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia e FMI está em Atenas a examinar o cumprimento do memorando de entendimento.
Numerosos especialistas já advertiram, porém, que a Grécia não conseguirá reduzir a sua dívida pública a 120 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020, objetivo central do programa traçado para reequilibrar as suas finanças públicas.
Atenas obteve até agora, desde maio de 2010, dois resgates no total de 240 mil milhões de euros, além de um perdão superior a 50 por cento da dívida por parte da grande maioria dos credores, mas a situação económica do país continua a ser muito crítica.
Se a Grécia obtiver mais tempo para cumprir o programa de ajustamento financeiro, como o novo governo de Antonis Samaras exige, isso custará à UE e ao FMI mais 50 mil milhões de euros, segundo cálculos da 'troika' citados pelo Der Spiegel.
Porém, muitos governos da zona euro não estão dispostos a emprestar mais dinheiro a Atenas, e a Finlândia e a Holanda condicionaram futuras ajudas à participação do FMI.