Em 2014 a praça lisboeta perdeu duas das suas cotadas - BES e Espírito Santo Financial Group (ESFG) - e várias outras empresas cotadas perderam grande parte do seu valor, com a Portugal Telecom a encabeçar a lista. CTT, EDP Renováveis e Semapa registaram os melhores desempenhos.
Corpo do artigo
O PSI20 fechou o ano a cair 26,84% para 4.798,99 pontos, a quarta pior prestação a nível mundial do ano, além de ter perdido duas das suas cotadas, o BES e o Espírito Santo Financial Group (ESFG).
Além dos dois títulos que deixaram de ser negociados no principal índice da praça lisboeta (PSI20), após o colapso do império Espírito Santo - o ESFG era o maior acionista do Banco Espírito Santo (BES) - o ano de 2014 foi negro para uma série de cotadas que perderam grande parte do seu valor, com a Portugal Telecom (PT) à cabeça.
A operadora de telecomunicações liderou a lista de desvalorizações ao baixar 73% em 2014, seguida pelo BCP, que caiu 61%, e pelo Banif, que regrediu 46%.
Seguiu-se-lhes a Jerónimo Martins, um dos pesos pesados do mercado português, que desceu 42% em apenas 12 meses.
A Mota-Engil caiu 39%, a Galp Energia (outro dos títulos com maior peso sobre o PSI20) desvalorizou 29% e a Impresa recuou 28%.
A Teixeira Duarte e o Banco BPI também registaram quedas significativas, com a construtora a perder 20% e a entidade liderada por Fernado Ulrich a cair 16%.
Com quedas mais suaves, e a fechar o lote de descidas, estão a NOS (-3%) e a Sonae (-2%).
Quem escapou às perdas foram os CTT, que avançaram 43% e lideraram os ganhos na bolsa portuguesa, seguidos de perto pela EDP Renováveis que cresceu 40% e pela Semapa que subiu 23%.
Já a EDP, um dos pesos pesados do PSI20, progrediu 21% e impediu uma desvalorização superior do PSI20.
A fechar a lista dos títulos que valorizaram em 2014 surgem a Altri (11%), a REN (8%) e a Portucel (6%).
Em termos de índices, a nível global, o melhor desempenho coube à praça chinesa de Shangai, que cresceu 49%, seguida pela Venezuela (41%) e pelo Paquistão (34%).
Do lado negativo, o pódio foi composto pela Rússia, que caiu 45%, pela Ucrânia, que baixou 41%, e pela Grécia, que recuou 38%. Depois da Grécia surge o índice português, que caiu 27%.