A bolsa de Atenas afunda 4,47 % (já esteve a perder perto de 6%) e Madrid perde 2,34 (já esteve a perder 3%).
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Pouco antes das 13h00, o índice de referência grego, FTSE/ASE20 seguia a perder 4,47 por cento.
O sinal negativo estende-se às outras bolsas europeias: Milão recua 3%, Frankfurt cai 2,04%, Londres recua 2,03% e Paris perde 2, 23%. Lisboa não é exceção. Ainda assim o PSI 20 é o índice que menos cai, recuando 1, 46%.
O impasse político na Grécia e a hipótese de o país abandonar a zona euro irá dominar a reunião de hoje de ministros das Finanças da zona euro, que voltam a encontrar-se em Bruxelas num clima de tensão e muitas interrogações, após um período de ligeira acalmia.
Num momento politicamente conturbado na Europa, após as eleições em França e na Grécia, a demissão do governo holandês e uma situação de grande incerteza em Espanha quando à capacidade do país de honrar os seus objetivos orçamentais, a reunião do Eurogrupo (fórum dos 17 países do espaço monetário único) será "fundamentalmente de teor político", indicou um responsável europeu.
A acalmia que aparentemente se tinha instalado no seio do Eurogrupo após o acordo em torno do segundo programa de assistência financeira à Grécia não durou muito, voltando a falar-se insistentemente na hipótese de o país abandonar a zona euro, em virtude do impasse criado pelo desfecho das eleições legislativas de 06 de maio, que ditaram a subida de partidos que se opõem aos memorandos com a 'troika' e extremas dificuldades para a formação de um governo de coligação.
Os ministros das Finanças dos 17 deverão por isso enviar hoje uma mensagem muito dura a Atenas, na linha das que já têm sido enviadas por diversos líderes europeus, no sentido de alertar os responsáveis políticos gregos para o risco que o país corre de ver interrompida a ajuda seus parceiros europeus, FMI e credores privados se não honrar os seus compromissos.