As bolsas europeias abriram, esta segunda-feira, pela terceira sessão consecutiva, a negociar negativas, com investidores apreensivos em relação às divergências entre os líderes da região em relação ao papel do BCE na crise da dívida na Europa.
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Às 08:09, o Eurostoxx 50 descia 0,84 por cento para 2.217,8 pontos, com as principais praças a oscilarem entre as perdas de 1,29 por cento de Milão e de 0,41 por centro de Madrid.
No vermelho seguia também Londres (-0,92 por cento), Paris (-0,87 por cento) e Frankfurt (-0,86 por cento).
Lisboa seguia igualmente negativa, mas a perder menos do que as congéneres europeias (-0,17 por cento).
Na Europa, desde a semana passada, as discrepâncias entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, sobre o papel que deve desempenhar o Banco Central Europeu (BCE) têm vindo a marcar terreno.
França defende que o BCE deve ter um papel semelhante ao da Reserva Federal dos EUA (FED) e converter-se num credor ilimitado dos Estados.
A Alemanha, pelo contrário, prefere limitar para já o papel do organismo e forçar à adopção de medidas de austeridade em países como Itália ou Espanha.
A afectar os mercados está a preocupação com a falta de consenso político relativamente aos cortes orçamentais nos Estados Unidos, que poderá conduzir a um novo "downgrade" (baixa) no "rating" da dívida norte-americana.
Esta segunda-feira, em Espanha vive-se o rescaldo da vitória esperada com maioria absoluta do PP.
Na Grécia, o novo primeiro ministro reúne-se com os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, para apresentar o seu programa do Governo e reafirmar o compromisso de cumprir os acordos com a União Europeia para conseguir assistência financeira.
O euro abriu esta segunda-feira em baixa no mercado de divisas de Frankfurt e trocava-se a 1,3519 dólares, enquanto o barril de Brent para entrega em Janeiro cotava nos 107,53 dólares, 0,03 dólares abaixo do fecho de sexta-feira.