
Fernando Ulrich
O presidente do BPI garantiu, esta quinta-feira, que o banco vai conseguir sobreviver sem a ajuda dos mercados e do BCE.
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Há três anos que os bancos portugueses enfrentam dificuldades de financiamento internacional, mas o presidente do BPI garantiu, em conferência de imprensa, que tem armas para sobreviver, dispensando assim a ajuda dos mercados e do BCE.
Fernando Ulrich disse ainda que antecipa dois anos difíceis para a actividade bancária em Portugal, com um crescimento fraco, explicando que o banco vai racionalizar os seus recursos no país durante este período.
«O negócio bancário (em Portugal) não vai crescer muito nos próximos tempos. Antecipamos que os próximos dois anos sejam de consolidação da operação do BPI no mercado doméstico. Vamos estar focados na racionalização e optimização de recursos, para estarmos preparados para tirar partido do momento em que houver uma recuperação da economia portuguesa», afirmou o banqueiro.
Quanto ao objetivo de desalavancagem que já vem sendo indicado por Ulrich há cerca de um ano, face à situação económica do país e do sector bancário, o presidente do BPI disse que o banco não necessita de cortar o crédito às empresas, mas admitiu limitar o crédito à habitação das famílias portuguesas.
Fernando Ulrich falava no dia em que o BPI deu a conhecer um lucro de 45,3 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de 0,3 por cento face ao mesmo período do ano passado.