Bruxelas antecipa "riscos elevados" a médio prazo para a sustentabilidade das finanças públicas
Bruxelas considera que se nada for feito, a médio prazo a sustentabilidade das contas públicas corre "riscos elevados".
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No médio prazo, a Comissão Europeia coloca Portugal num grupo de sete países, juntamente com a "Bélgica, Espanha, França, Itália, Hungria, e Reino Unido", que estão à mercê de eventuais "choques negativos". Está em causa o elevado rácio da dívida relativamente ao produto interno bruto.
Já no curto prazo, - ou seja, ao longo do próximo ano -, a Comissão salienta que "não se antecipam riscos significativos", relativamente a Portugal mas nota também que "continuam presentes algumas vulnerabilidades para possíveis mudanças nos mercados financeiros".
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A conclusão consta no Relatório de Sustentabilidade Orçamental 2018 ", que ao longo de quase 400 páginas, distribuídas entre os dois volumes, apresenta os resultados de um género de Testes de Stress sobre a sustentabilidade das 28 economias da União Europeia.
Bruxelas faz várias projeções, com base num cenário de políticas inalteradas, considerando que se houver um retrocesso de políticas orçamentais, a dívida rondará os 126% do PIB, em 2029, em vez dos 107%, que deverão ser alcançados nessa altura, se a trajetória atual for mantida.
Por outro lado, Bruxelas salienta que se todas as recomendações macroeconómicas fossem seguidas, dentro de 10 anos, a dívida pública teria caído para os "90 por cento do PIB".