A Comissão Europeia agrava ligeiramente a previsão de recessão na economia grega em 2013, mantendo um cenário de crescimento de 0,6% para 2014, segundo as previsões económicas de inverno, hoje divulgadas.
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A estimativa da "Comissão Barroso" aponta para uma contração de 4,4% Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia, um agravamento de duas décimas em relação às previsões de outono, divulgadas em novembro de 2012.
Bruxelas ressalva, no entanto, que o otimismo para 2014, com um crescimento previsto de 0,6% do PIB, depende das reformas do mercado de trabalho, com reduções dos custos, e da liberalização do mercado de produtos, que acarretarão «novas oportunidades de negócio».
Bruxelas estima ainda que «o processo de recapitalização da banca e a estabilização geral do país estão a criar as pré-condições para um regresso do capital» à Grécia, que permitirá novos fluxos de crédito para o setor privado.
Em relação à dívida pública grega, as previsões indicam um recuo em 2012 em relação às estimativas de outono, de 176,7% do PIB para 161,6%, aumentando para 175,6% este ano e contraindo ligeiramente em 2014, para os 175,2% do PIB grego.
A taxa de desemprego deverá subir, em 2013, para os 27% (24,7% em 2012), e recuar para os 25,7% em 2014, indicadores agravados em relação às previsões de outono, quando a taxa prevista para 2013 era de 23,6% e para 2014 de 24%.
A Comissão Europeia alerta para a possibilidade de a taxa de desemprego se agravar este ano.
A inflação deverá ser de -0,8% em 2013 e -0,4% em 2014.
Por seu turno, a Comissão Europeia manteve as previsões de crescimento económico de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Irlanda em 2013 e de 2,2% em 2014, com um ligeiro recuo do desemprego.
No entanto, a taxa de desemprego é revista, em uma décima, para os 14,6% (2013) e 14,1% (2014).
A dívida pública do país está agora estimada em 122,2 do PIB em 2013 (122,5% nas previsões de outono) e em 120,1% em 2014 (119,2% nas previsões anteriores).
A inflação deverá ser de 1,3% em 2013 e em 2014.