Bruxelas diz que 12 países precisam de análise mais detalhada à situação macroeconómica
Bruxelas avisa que 12 Estados-membros, entre os quais Espanha e Itália, precisam de ter a sua situação macroeconómica «analisada com mais detalhe».
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Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Hungria, Itália, Suécia e Reino Unido são os Estados-membros da União Europeia que merecerão análises macroeconómicas mais profundas.
Com um conjunto de medidas em curso para corrigir desequilíbrios macroeconómicos, Espanha e Itália aparecem nesta lista de 12 países com problemas como o desemprego e a baixa competitividade.
Para o comissário europeu dos Assuntos Económicos, estes Estados-membros devem, desde já, dar um sinal que vão inverter o atual estado de coisas. Por agora, a Comissão Europeia vai reforçar a vigilância.
«Para Espanha, precisamos de análises adicionais às causas estruturais do elevadíssimo desemprego e a situação difícil após a bolha imobiliária. No caso de Itália, a dívida pública muito elevada e um baixo potencial de crescimento desafiam-nos a analisar com maior profundidade», disse.
Olli Rehn aponta a Bélgica, a França e o Reino Unido como três países com problemas semelhantes.
«Nos casos da Bélgica, França e Reino Unido, uma nova análise é necessária para avaliar melhor as razões por detrás da perda relativa de quota no mercado de exportação, bem como as implicações do nível de endividamento acumulado», afirmou.
Berlim fica fora desta lista, embora o comissário reconheça que a economia alemã também se deteriorou.
«Dois indicadores excedem o limiar indicativo. As quotas de exportação caíram cerca de oito por cento nos últimos cinco anos, apesar de a Alemanha ter uma performance de exportações forte,
e a dívida pública está nos 83 por cento do PIB», disse Olli Rehn.
Este género de radar europeu para a deteção de crises foi criado no final do ano passado.