Bruxelas diz que corte no 'rating' não afeta capacidade do FEEF para apoiar países sob ajuda
A Comissão Europeia desvalorizou hoje o corte do 'rating' do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e garantiu que a decisão da Standard & Poor's não afeta a capacidade do mecanismo para apoiar os países sob programas de ajuda, como Portugal.
Segundo o porta-voz dos Assuntos Económicos, Amadeu Altafaj Tardio, o corte no 'rating' do FEEF «não representa de forma alguma falta de confiança na robustez e eficiência dos 'firewalls' da zona euro, e é antes uma consequência mecânica da decisão tomada na passada sexta-feira (pela S&P) sobre os 'ratings' de diversos países da zona euro», designadamente a retirada do 'rating' máximo (triplo A) à França e à Áustria.
«Portanto, (o corte do 'rating') não afeta a capacidade do FEEF para apoiar os países que estão sob programa. E não temos mais comentários a fazer, não vamos dar mais relevo a este género de notações», completou, acrescentou que esta avaliação da Standard & Poor's é apenas «uma opinião entre muitas outras» e nem vai ao encontro do comportamento dos mercados.
O porta-voz do comissário Olli Rehn acrescentou ainda que «importa é continuar a trabalhar» para reforçar as defesas da zona euro e antecipar a entrada em força, este ano, do novo mecanismo europeu de estabilidade, e não são as decisões das agências de notação que vão alterar a política que está a ser levada a cabo.
«Não vamos mudar a nossa agenda devido a essa notação (de segunda-feira). Sabemos muito bem o que estamos a fazer, não precisamos que uma agência de notação nos diga», concluiu.
[Texto escrito conforme o acordo ortográfico]