A Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) manifestaram hoje «apreensão» com a diminuição considerável do ritmo de reformas estruturais em Portugal desde a saída da "troika", no final da sua primeira missão de monitorização pós-programa.
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O BCE e o executivo comunitário consideram que «o ritmo da consolidação orçamental tem vindo a ser afetado negativamente por vários fatores pontuais, não obstante um forte desempenho do lado da receita. Além disso, o esforço para reduzir o défice estrutural orçamental subjacente diminuiu claramente».
As entidades acrescentam que «o empenho nas reformas estruturais abrandou, registando-se um ritmo irregular de implementação nos vários setores».
A declaração conjunta da Comissão e do BCE, divulgada em Bruxelas, indica que «a missão manifestou apreensão relativamente ao facto de o ritmo das reformas estruturais parecer ter diminuído consideravelmente desde o final do programa, tendo, em alguns casos, invertido os resultados obtidos no passado».
A primeira missão pós-programa realizada em Lisboa decorreu entre 28 de outubro e 04 de novembro.