A 'troika' vai regressar a Atenas para nova avaliação do programa de resgate, agora que recebeu garantias do governo grego que serão desenvolvidas novas reformas.
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A Comissão e o Eurogrupo anunciaram hoje que a 'troika' vai regressar a Atenas para nova avaliação do programa, mas advertiram que o envelope de 10,1 mil milhões de euros só será desembolsado caso esta negociação tenha sucesso.
As posições do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e do comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, foram assumidas durante uma conferência de imprensa, em Bruxelas, a meio de uma reunião do Eurogrupo, que se prolongará pela noite para uma discussão entre os ministros das Finanças sobre as negociações para o novo mecanismo único de resolução bancária.
Numa conferência de imprensa, onde também esteve o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, Dijsselbloem adiantou que o ministro grego das Finanças (país que tem atualmente a presidência rotativa da União Europeia) se comprometeu com «uma série de reformas para que a missão possa terminar com sucesso».
Já Olli Rehn disse esperar que esta revisão do memorando grego possa ser fechada em março: «É do interesse de todos, mas principalmente da Grécia, fazer tudo o que é preciso para concluir esta revisão».
O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, referiu que o programa grego está previsto até ao final de 2014 e que existem ainda 10,1 mil milhões de euros para serem entregues, mas que «o seu calendário e os valores» dependem da revisão atual.
«A 'troika' vai voltar [a Atenas], isso é bom e mostra progressos, mas não há ainda garantia de chegarmos a bom porto (...) é um passo positivo, mas não há garantias em relação às conclusões», enalteceu o presidente do Eurogrupo.
No mesmo tom, Olli Rehn considerou que não será «fácil chegar a um acordo», mas sublinhou que «não é bom especular demasiado».
«A bola está do lado da Grécia, é preciso fazer o que é necessário em relação às reformas e que as metas fiscais sejam atingidas», resumiu o finlandês.