O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários garantiu que vai colocar em prática as regras mais duras do Pacto de Estabilidade e Crescimento aprovadas esta terça-feira no Luxemburgo. Só assim a Europa pode ficar a salvo de novos apertos financeiros, considerou.
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«Eu não vou hesitar em aplicar integralmente as novas regras quando tiverem entrado em vigor, como espero, no dia 1 de Janeiro do próximo ano», garantiu Olli Rehn.
Os ministros de Economia e Finanças concluíram o processo de adopção das seis medidas para a governação económica, reforçando o papel preventivo e punitivo do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
«Espero que os Estados-membros joguem com as regras para nunca mais termos de enfrentar crises semelhantes às que têm acontecido nos últimos anos», acrescentou.
A crise actual já levou líderes do euro, como Jean-Claude Juncker, a serem obrigados a desmentir rumores que há poucos anos ninguém ousaria pensar.
«Tenho de negar com firmeza todos esses rumores que dizem que a Grécia pode ser convidada ou pode decidir abandonar o euro e negar também com firmeza todos os rumores sobre qualquer tipo de incumprimento grego», disse o presidente do Eurogrupo.
Porém, estas palavras vêm acompanhadas de mais exigência de austeridade. Atenas terá de apresentar novas medidas para tapar buracos financeiros dos próximos anos e garantir a implementação de reformas estruturais para ter acesso aos oito mil milhões de euros para pagar os salários e pensões de Novembro.
No final de uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia (UE), o ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, repetiu o silêncio a que já se remetera numa reunião informal na Polónia em Setembro.