Mendonça e Moura afirma que da parte do comissário “há a consciência da insatisfação dos agricultores a nível europeu, mas também em Portugal”.
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O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, Álvaro Mendonça e Moura sai “globalmente satisfeito” da reunião que manteve esta quarta-feira, com o comissário da Agricultura, na apresentou esta tarde as “reivindicações” e deu conta das “dificuldades” que o sector agrícola atravessa.
Álvaro Mendonça e Moura fala em resultados “muito positivos”, para as reivindicações que trouxeram a Bruxelas, destacando que “o comissário disse que a comissão responderia muito rapidamente ao pedido de auxílio de Estado, que vai permitir que não haja quaisquer cortes, quer na agricultura biológica, quer na produção integrada”.
O presidente da CAP deu também conta de que “o comissário prometeu que a Comissão faria uma análise muito célere das propostas que a CAP trazia de reformulação do PEPAC (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum)”, salientando que se tratam de medidas que não precisam de novas avaliações e são “destinadas a facilitar a aplicação” do PEPAC, “nomeadamente passarmos a ter agricultura biológica outra vez no segundo pilar, e como a CAP sempre disse que era onde ela devia estar”.
Mendonça e Moura sauda a abertura do comissário para o diálogo, mas salienta que “agora tudo depende do governo português apresentar essa reprogramação aqui na comissão imediatamente”.
No entanto, salienta que “da parte do comissário, há a consciência da insatisfação muito grande dos agricultores ao nível europeu, mas também ao nível de Portugal”.
Álvaro Mendonça e Moura disse também que a CAP propôs à Comissão que “terminasse a obrigatoriedade da rotação de culturas”, que “era uma das medidas que a CAP sempre defendeu que não faz sentido no contexto da agricultura portuguesa e o comissário disse-nos que essa medida, ele próprio, a iria levar ao colégio de comissários muito em breve
A CAP levou a Bruxelas uma delegação de cerca de duas dezenas de elementos da Direção e equipa técnica. Esta quarta e quinta-feira, têm planeada “uma agenda de contactos institucionais para expor as dificuldades” que a agricultura enfrenta em Portugal.