A Comissão Europeia propõe um "orçamento moderno", com cortes de 5% em cada uma das políticas mais relevantes na história da construção europeia.
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A Política Agrícola Comum terá um orçamento de 365 mil milhões de euros, havendo ainda uma reserva de 10 mil milhões provenientes do futuro programa de ciência, para financiar a investigação e inovação, na agricultura.
Aqui há três ideia a reter: os cortes serão calculados com base na dimensão das propriedades. Ou seja, prevê-se que os grandes produtores sejam os mais afetados com os cortes e a intensão de Bruxelas, na forma como está anunciado, é evitar que os pequenos produtores seja atingidos pelas consequências da redução do orçamento da União.
A Comissão prevê que o primeiro pilar da PAC - os pagamentos diretos agricultores, que no quadro financeiro atual representam mais de 4000 mil milhões de euros - continuem a ser uma "parte essencial" da política agrícola, mas serão "moderadamente reduzidos e mais bem orientados", nomeadamente tendo em conta critérios ambientais. (A proposta prevê que 25% de todos os gastos europeus sejam destinados a políticas que contribuam para objetivos climáticos).
Coesão
A Política de Coesão mantém as "sinergias" entre os fundos que a compõem. Na proposta, Bruxelas prevê 273 mil milhões de euros para o Fundo Europeus de Desenvolvimento Regional (Para infraestruturas) e mais de 101 mil milhões para o Fundo Social Europeu (Para investir em capital humano)
É no âmbito da política de coesão que Bruxelas propõe uma verba de 25 mil milhões para reformas estruturais. O novo programa InvestEU, sucessor do plano Juncker contribuir com 15,2 mil milhões e uma parcela de 10,4 mil milhões será focada nas "necessidades de curto prazo" relacionadas com as migrações.
Investimento
O documento prevê um envelope 25 mil milhões de euros" destinados a financiar "reformas estruturais" nos Estados-Membros, como o DN avançara no sábado. A proposta inclui um complemento de 30 mil milhões de euros, com base num modelo de alavancagem de empréstimos do Mecanismo Europeu de Estabilidade e de garantias dos Estados-Membros, destinado a financiar investimento em tempos de crise, como avançou o DN na edição de hoje.
O futuro do maior programa de ciência da UE, rebatizado de "Horizonte Europa" contraria aquilo que é regra neste orçamento, reforçado as verbas, conseguindo reunir 100 mil milhões de euros entre os vários fundos.
Novos setores
Bruxelas reservou uma parcela do orçamento para a defesa que ultrapassa os 13 mil milhões de euros, divididos entre cooperação em matéria de investigação para a defesa (4,1 mil milhões) e um complemento às contribuições nacionais para o desenvolvimento de projetos.