Faria de Oliveira considera que o custo da nacionalização do BPN para os cofres estatais deverá atingir um valor próximo dos 2,7 mil milhões de euros.
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O presidente da CGD confirmou que o buraco causado pelo BPN nas contas do banco público ascendeu aos cinco mil milhões de euros, tendo descido mais de 800 mil desde o início de 2012.
Na Comissão Parlamentar de Inquérito ao processo de nacionalização e reprivatização do BPN, Faria de Oliveira adiantou ainda que o custo da nacionalização do BPN para os cofres estatais deverá atingir um valor próximo dos 2,7 mil milhões de euros.
O líder do banco público considerou ainda que só por milagre seria possível evitar uma maior saída de depósito do BPN durante o período em que esteve nacionalizado.
Faria de Oliveira explicou ainda que foi o acionista Estado e não o banco público a decisão de dar uma remuneração extra aos três administradores da Caixa que geriram o BPN depois da nacionalização.
O presidente da CGD tentou ainda explicar declarações de Teixeira dos Santos que na semana passada garantia que esta decisão tinha partido da administração da Caixa Geral de Depósitos.
«Considero que se ele disse foi porque não se lembrou ou porque não sabia. Terá sido uma decisão do secretário de Estado do Tesouro e das Finanças de que eventualmente ele podia não ter conhecimento», avançou Faria de Oliveira.
O presidente da Caixa Geral de Depósitos recordou ainda que «nunca os membros do Conselho de Administração da CGD atribuiriam a si mesmos qualquer tipo de remunerações».