A REN - Redes Energéticas Nacionais comprou a participação de 7,5 por cento na Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) por 38,4 milhões de euros, segundo um comunicado enviado hoje pela empresa à CMVM.
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De acordo com o mesmo comunicado, o contrato para a aquisição daquela parcela de capital da maior barragem de Moçambique, fica, contudo, sujeito "à verificação de certas condições, de onde se destaca a realização de assembleia-geral da HCB, até 15 de junho de 2012, na qual seja dado o consentimento à transmissão de ações representativas de 7,5 por cento do capital social da HCB".
Segundo os acordos, assinados hoje pela empresa portuguesa em Maputo, esta fica com uma participação de 7,5 por cento e os correspondentes direitos de voto na Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).
Além disso, fica também com a garantia de participar, direta ou indiretamente, em sociedades que venham a desenvolver o mega projeto de redes de infraestruturas de transportes de eletricidade em Moçambique, que no global está avaliado em cerca de dois mil milhões de dólares.
Na apresentação dos resultados de 2011, em março, o presidente executivo da REN, Rui Cartaxo, reafirmou o interesse em comprar 7,5 por cento da HCB, adiantando que a entrada no capital do empreendimento moçambicano deveria ser o primeiro investimento a realizar já com os novos acionistas - os chineses da State Grid e os árabes Oman Oil Company -, em Moçambique.
«Estamos a aguardar que o negócio seja fechado entre o Estado português e o moçambicano, o que contamos que aconteça em breve», disse a 01 de março o presidente da REN.
Em Moçambique, acrescentou, a REN quer fazer parte do grande projeto de desenvolvimento das infraestruturas elétricas, estando preparada para fazer parcerias com empresas moçambicanas, nomeadamente a EDM - Eletricidade de Moçambique.