
Miguel Pereira / Global Imagens
Plano acordado com Bruxelas prevê saída de 2200 pessoas até 2020. Com redução já concretizada no ano passado e a prevista até dezembro, banco atinge mais de metade do resultado combinado com a Europa.
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) deverá chegar ao final do ano com menos 656 trabalhadores do que no final de 2016. A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios e mostra que na soma desta redução com as saídas verificadas em 2016, a Caixa fica com mais de meio caminho andado para atingir a meta negociada com Bruxelas.
No mapa negociado com a Direção-Geral da Concorrência Europeia (DG Comp) o banco público comprometeu-se a reduzir os quadros da atividade doméstica em 2200 trabalhadores até 2020, ficando com um total de 6650 funcionários.
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Contactada pela TSF, fonte oficial do banco avança que a previsão da instituição é que exista uma "redução de efetivo de 536 empregados" neste ano. O número não contempla as rescisões por mútuo acordo, cujo plano decorre até ao final do ano, "sendo expectável que no final do ano o número seja superior".
Segundo o jornal, haverá 120 trabalhadores que estão interessados nesse programa.
Contas feitas, a CGD vai chegar ao final do ano com menos 1200 trabalhadores do que tinha quando o governo negociou o plano de recapitalização, o que significa que está a 1000 saídas de atingir o objetivo apontado para 2020. O número deverá impressionar a DG Comp, dado que significa que atinge com 12 meses de antecedência a meta intercalar desenhada para o final de 2018.
Para além dos cortes de pessoal, a reestruturação da Caixa também implica um emagrecimento de 25% na rede de balcões. A meta imposta por Bruxelas implica a redução de mais 160 a 180 agências até ao final de 2020, momento em que não pode ter mais de 490 locais de atendimento ao publico.
No final do primeiro semestre, e depois de encerrar 60 balcões desde o início do ano, a Caixa tinha uma rede de perto de 660 agências.