O CaixaBank, o maior acionista do BPI, estará em conversas com a empresária angolana para comprar os cerca de 20% do banco português detidos por Isabel dos Santos. A informação está a ser avançada pela agência Bloomberg.
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O acordo para a compra desta posição permitiria ultrapassar o diferendo que está a impedir o banco português de reduzir a exposição ao risco em Angola, país onde detém 50,1% do Banco de Fomento no qual participa também Isabel dos Santos.
O Banco Central Europeu tinha determinado que a instituição liderada por Fernando Ulrich teria de deixar de ter uma participação direta em qualquer banco angolano. O BCE avisou que, caso a sua decisão não venha a ser respeitada, será aplicada, a partir de 10 de abril, uma multa diária ao BPI. A coima, avançam várias publicações, pode rondar os três milhões de euros.
Quando foi conhecida decisão do BCE, a administração do BPI propôs a separação dos ativos africanos através da criação de uma outra empresa controlada pelos mesmos acionistas, mas essa ideia foi chumbada por Isabel dos Santos há semanas.
Se a empresária vender a sua participação no BPI, este diferendo poderá deixar de existir e desaparece o entrave que atualmente está a impedir o BPI de avançar com o projeto de cisão dos ativos africanos.