No Chipre, os bancos ainda estão de portas fechadas, mas já carregaram as caixas multibanco. A TSF conversou com uma portuguesa que vive neste país.
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Voltou a haver dinheiro, mas quem vive na ilha deixou de ter dias normais depois de anunciado o plano de resgate com as taxas sobre os depósitos.
Paula Ribeiro, uma portuguesa que vive em Chipre ouvida no Fórum TSF, diz que além da crediblidade financeira que fica destruída na ilha há também uma desconfiança política.
O governador do Banco Central de Chipre fez as contas e concluiu que se os depósitos inferiores a 20 mil euros ficarem isentos do pagamento da taxa não vai ser possível conseguir os 5 mil e 800 milhões de euros exigidos pela Zona Euro.
O governador do banco cripiota adianta que se for arrecadado apenas este valor poderá ser considerado uma violação do acordo e admite que talvez não seja aceite pelos parceiros europeus.
Este projeto lei que isenta apenas os depósitos inferiores a 20 mil euros vai ser apresentado, esta tarde, no Parlamento de Nicósia apesar da "troika" ter recomendado que as isenções abrangessem os depósitos inferiores a 100 mil euros.
Esta manhã ficou também a saber-se da conversa ontem à noite entre Angela Merkel e o presidente cipriota, um porta-voz da chanceler alemã diz que Merkel insistiu numa mensagem ao governante: Chipre deve negociar um plano de ajuda apenas com a "troika".
O conteúdo da conversa é revelado no dia em que o ministro cipriota das Finanças vai estar em Moscovo para, segundo os jornais, negociar um empréstimo com o Governo de Moscovo.
As autoridades russas consideram como injusta e perigosa a taxa sobre depósitos.