Câmara Municipal da Moita acredita que futura ponte sobre o Tejo está a atrair moradores
Um estudo do portal Idealista conclui que a Moita foi o concelho português onde mais pessoas procuraram casa, na primeira metade de 2025, seguido dos municípios de Leiria, Setúbal, Vila Franca de Xira e Almada
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O presidente da Câmara Municipal da Moita, Carlos Albino, acredita que a nova ponte sobre o Tejo, que vai ligar esta zona a Lisboa, pode estar a atrair mais gente para o concelho. É uma das explicações do autarca para os resultados de um estudo do portal Idealista, que concluiu, na terça-feira (15 de julho), que a Moita foi onde mais pessoas procuraram casa em Portugal, entre janeiro e junho de 2025.
O líder deste município afirma à TSF que acredita que a possibilidade da nova ponte sobre o rio Tejo vir a passar por ali pode estar a trazer novos moradores para aquela zona, embora admita que, para já, esta é apenas uma opinião pessoal. “Os acessos à nova ponte [passam pelo] Seixal e serão feitos numa ‘mega rotunda’, na freguesia da Baixa da Banheira, no Vale da Amoreira”, recorda Carlos Albino, acrescentando que o futuro terminal fluvial do concelho, na freguesia de Alhos Vedros, também pode estar a chamar mais gente, apesar de ainda não se saber ao certo quando é que estas obras públicas vão arrancar (as previsões do Governo apontam para que a Terceira Travessia do Tejo, ou “TTT”, esteja concluída em 2034).
Ainda assim, o autarca da Moita revela que as casas mais procuradas não ficam nas zonas mais baratas do concelho (a que mais cresceu em número de moradores foi, precisamente, a freguesia de Alhos Velhos). Para o autarca do Partido Socialista, isto significa que, mais do que os preços baixos, o que atrai as pessoas para a Moita é a maior qualidade de vida em relação a Lisboa.
“Uma pessoa que compre um apartamento T2 em Lisboa consegue comprar uma vivenda boa [na Moita]. Eu acredito que as pessoas vêm à procura de habitação de qualidade, num sítio tranquilo, seguro e próximo de Lisboa, através de qualquer uma das pontes sobre o Tejo”, adianta Carlos Albino.
Carlos Albino, o presidente da Câmara Municipal da Moita, na Margem Sul de Lisboa, admite que ainda não tem dados que permitam dizer o tipo de pessoas que estão a mudar-se para o concelho, mas garante que o crescimento da população local já se faz sentir nos transportes, nas estradas e nos serviços moitenses, e assegura que o município está a criar respostas, nomeadamente ao nível da habitação.
A Terceira Travessia do Tejo vai ser construída entre Chelas (Lisboa) e o Barreiro (Setúbal), segundo o Governo. O Executivo salientou, a 14 de maio de 2024, que a nova ponte vai libertar constrangimentos nos comboios que vêm do sul da capital e aumentar a competitividade dos serviços ferroviários entre Lisboa, o Alentejo e o Algarve, reduzindo as viagens de carro em cerca de 30 minutos. Prometeu ainda um aumento da frequência dos serviços de transportes públicos, mas ainda não está decidido se a nova ponte vai ter capacidade para transporte rodoviário e ferroviário ou apenas ferroviário.
Hoje em dia, ir de carro do Marquês de Pombal até ao concelho da Moita demora cerca de meia hora pela Ponte 25 de Abril e perto de 45 minutos pela Ponte Vasco da Gama, mas a viagem pode durar mais de uma hora em horas de ponta.
