O número de empresas em Portugal cresceu 7% nos últimos quatro anos.
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De acordo com os dados do Banco de Portugal, divulgados esta segunda-feira, existiam em 2017 cerca de 430 mil empresas do setor não financeiro.
Mas, dentro das pequenas e médias empresas (PME) há mais negócios a morrerem do que a nascerem. Foram criadas 7 PME por cada 10 que cessaram a atividade.
Para contrariar esta realidade o Governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, pede a criação da figura da "Holding Familiar".
A figura da "Holding Familiar" deveria estar tipificada e enquadrada com tratamento estatutário e fiscal simples, estável e de fácil acesso" defende Carlos Costa.
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Com esta proposta o Governador do BdP quer separar o capital da gestão. Isto pode ser feito através de "uma tipificação jurídica, de um modelo de gestão centralizada, das participações sociais dos membros de uma família. Em vez de estarem todos os membros de uma família presentes numa gestão que não é profissionalizada é melhor que se organizem enquanto donos ou sócios de uma empresa através de um quadro jurídico que permita claramente evitar que as questões de participação no capital se confundam com as questões de gestão".
Carlos Costa defende desta forma um modelo de gestão profissional para as PME.
"A separação entre a propriedade e a gestão constituem um fator decisivo para que haja profissionalização da gestão. Isto é só através da profissionalização da gestão que concilie a continuidade do compromisso dos elementos empresariais presentes e, simultaneamente, garanta a afirmação de modelos de gestão mais eficazes e a sustentação e o crescimento dos negócios é que se garante o desenvolvimento económico de um país", defende Carlos Costa.
Para o Governador do BdP este é "um elemento crítico" para a sobrevivência das empresas portuguesas de pequena e média dimensão.