
TSF/Joana de Sousa Dias
O secretário de Estado adjunto do PM considerou ser «muito cedo» para fazer uma avaliação sobre o futuro do programa de ajustamento, afirmando acreditar que Portugal «vai voltar» a crescer.
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«É muito cedo para podermos fazer grandes avaliações sobre o que será o futuro, porque a vida, sobretudo em economia, ela tem um tempo para acontecer e tem um tempo, depois, para ser avaliada», disse.
Para o governante, Portugal «foi um exemplo de crescimento» durante várias décadas passadas e, por isso, acredita que o país «vai voltar a crescer» no futuro.
«Portugal foi um exemplo de crescimento e, por isso, eu não compro, não admito a ideia de que Portugal não vai voltar a crescer, claro que vai voltar a crescer», declarou.
Carlos Moedas falava hoje à tarde, durante a Universidade de Verão do PSD, que está a decorrer desde segunda-feira, em Castelo de Vide (Portalegre).
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, que afirmou que não tem nada «contra» a dívida, fez no entanto questão de ressalvar que «nada em excesso é bom».
«Eu não tenho nada contra a dívida, eu acho que a dívida é necessária nas empresas, sempre se trabalhou com dívida, agora aquilo que a dívida não pode ser é uma dívida em excesso. Como tudo na vida, nada em excesso é bom», sublinhou.
Carlos Modas destacou ainda o nível de cumprimento do país desde o início do programa de ajustamento, considerando que esse fator traduz-se em «credibilidade» para Portugal.
«Portugal tem um nível de cumprimento de 91 por cento das medidas desde o início do programa. Eu penso que isso só nos pode trazer credibilidade, confiança nos mercados e nos investidores», afirmou.